sexta-feira, 7 de outubro de 2011

O príncipe maldito do Brasil

Matheus Berlink e Talitha Guimarães
Aproveitando o clima de comemoração da independência do Brasil é perceptível que o que ronda o imaginário da população brasileira é a cena de Dom. Pedro I à margem do rio Ipiranga, levantando sua espada e proclamado a independência. A partir daí se deu o Brasil como nos é contado e os bastidores do que aconteceu entre 1822 a 1889 sugere que passamos de monarquia a um republicanismo de forma amena. Porém, essa transição da monarquia para a república veio na forma de golpe de estado e sem a aclamação do povo.
Para ilustrar esses quase 70 anos de apagão na historiografia brasileira, aparece a figura de Pedro Augusto de Bragança Saxe e Coburgo (1866-1934), representado no livro “O príncipe maldito da historiadora” de Mary Del Priore. Apesar de ter chegado perto de ser Imperador do Brasil, Pedro Augusto ainda se mantém oculto na historiografia nacional, quase nunca sendo visto nas salas de aulas e livros didáticos.

Pedro Augusto com seus pais, Leopoldina de Bragança e Luís Augusto de Saxe-Coburgo-Gota.
Em meados da segunda metade do século XIX, Dom Pedro II vivia o drama de não ter um sucessor para o trono do império Brasileiro. D. Afonso Pedro de Bragança e Bourbon e D. Pedro Afonso de Bragança e Bourbon, seus únicos filhos homens, morreram ainda na infância. Sua filha D. Leopoldina já há havia sofrido um aborto espontâneo e a Princesa Isabel ainda não tinha herdeiros.

Quando D. Leopoldina surge grávida de Pedro Augusto, o Império é enaltecido com a grande expectativa em torno do nascimento de futuro imperador. A aparente infertilidade da Princesa Isabel elevou desde o nascimento Pedro Augusto ao status de herdeiro presuntivo, que era a pessoa provisoriamente tida como herdeira de um trono, mas que pode perder tal posição com o nascimento de um herdeiro ou de um novo herdeiro presuntivo com mais direito ao trono. E assim começou a trajetória daquele que teve toda sua infância voltada para a aprendizagem de como se tornar o Rei do Brasil.

Quando criança Pedro Augusto estudou diversas aéreas do conhecimento, futuramente se formando em engenharia. Cedo se tornou o preferido de D. Pedro II, acompanhando o avô em suas viagens, passeios pela Europa, idas ao teatro e no hobby favorito de D. Pedro II, observar as estrelas.  Dessa maneira, desde cedo ele se tornou o queridinho das cortes e monarquias espalhadas pela América e Europa.

O Predileto entre seus avós maternos (1887).
No entanto, quando completou 10 anos de idade, a Princesa Isabel deu à luz a Pedro de Alcântara, por direito o futuro rei do Brasil, já que era filho da primogênita de D. Pedro II.  A idéia de possivelmente perder o trono para seu primo começar a atormentar Pedro Augusto e com isso é criada uma pequena desavença dentro da família imperial. Justamente nesse momento surge o movimento republicano, aproveitando desse momento de fragilidade da família imperial para aplicar um golpe de estado, mudando enfim a situação política do Brasil.
D. Pedro II e Família em Petrópolis. Da esquerda para a direita: a Imperatriz, D. Antonio, a princesa Isabel, o Imperador, D. Pedro Augusto (filho da irmã da princesa Isabel, d. Leopoldina, duquesa de Saxe), D. Luís, o conde D'Eu e D. Pedro de Alcântara (príncipe do Grão-Pará). Foto de Otto Hees, a última antes do fim do Império em 1889
Com a proclamação da republica em 1889, a Família Real Brasileira foi condenada ao exílio em Paris. A imperatriz do Brasil, esposa de D. Pedro II, D. Tereza Cristina não aguentou o choque de ser expulsa do país e morreu duas semanas depois do embarque, antes mesmo de chegar em Paris. Pedro Augusto, que já tinha sinais de perturbações mentais desde o nascimento do seu primo Pedro de Alcântara, chegou a receber tratamento de Freud. Porém, o exílio de sua família logo quando este estava prestes a assumir a coroa mais os boatos que seu primo tinha assumido como Rei do Brasil, fez com o seu caso se agravassem. Pedro Augusto terminou sua vida internado em um sanatório, onde morreu aos 68 anos.
Dom Pedro Augusto (à direita) e Dom Augusto Leopoldo no exílio em Cannes, em 1890.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Amazônia, o lugar mais rico do planeta



Por do sol em Anavilhanas
Toda criança nascida e criada no Brasil convive desde cedo com esta informação: a Amazônia é a maior floresta do planeta, o "pulmão do mundo". Este ecossistema ocupa 40% do nosso território e influencia a temperatura do lugar onde você está agora, seja lá onde estiver.
O espelho dagua de Anavilhanas
O espelho dagua de Anavilhanas
Nosso barco, nossa casa amazônica
Nosso barco, nossa casa amazônica
Tronco 100x maior que eu
Do lado das árvores gigantes
Crescemos com estas informações, mas são pouquíssimas as pessoas que realmente se interessam por um lugar que não tenha os padrões turísticos atuais: restaurantes incríveis, hotéis super confortáveis, transportes velozes e muitas lojas cosmopolitas. A Amazônia não oferece nada disso. E por isto é um lugar tão impactante.
Decidi conhecer o lugar mais disputado do planeta na sua melhor forma: exatamente como ele é. Foram 8 dias de expedição a bordo de um barco a vapor, dormindo em redes na selva ou no barco, e se alimentando de peixes pescados no Rio Negro, além de legumes e frutas absolutamente frescos e por isto mais do que orgânicos. Navegamos até 400 km a partir de Manaus, o que para uma região continental significa conhecer apenas uma pontinha de Anavilhanas, que é o maior arquipelago fluvial do mundo, com 400 ilhas.
É muito grande e nos limitamos a navegar por lá, ir de uma praia a outra, de uma selva a outra. Visitamos 2 comunidades ribeirinhas.
Orla de Manaus, a Mumbai brasileira
Orla de Manaus, a Mumbai brasileira
Nossa canoa para caçar crocodilos a noite
Nossa canoa para caçar crocodilos a noite
Canoa indígena
Embarcação indígena
Partimos do porto de MANAUS, e a primeira impressão que temos da orla é de estar em Mumbai. A extrema pobreza impera em casas construídas em palafitas, a maioria abandonada por pessoas que trocaram a terra firme pela vida no Rio Negro.
Aliás, Manaus é uma cidade predominantemente fluvial. Barcos que são casas, postos de gasolina e até uma base da Prefeitura são flutuantes. Navios cargueiros de todas as partes do mundo estão ancorados no mesmo lugar onde os nativos tomam banho de sol.
Fomos guiados por Samuel, um índio da tribo Baré que foi renegado pela sua tribo ao fugir para a Europa com sua família. Samuel fala 3 idiomas, além de conhecer toda a sabedoria da floresta herdada de seus pais.
Curumins da comunidade Terra Preta
Curumins da comunidade Terra Preta
Lual em praia fluvial
Luau em praia fluvial
Noite gourmet na selva: tambaqui servido na folha de bananeira
Delicioso jantar
O primeiro dia amazônico começou com o encontro das águas entre RIO NEGRO e SOLIMÕES. O famoso fenômeno natural em que as águas não se misturam já valeu o dia, apesar do acúmulo de detritos que mostra o quanto o Rio Negro já está castigado. Os dias seguintes foram em ANAVILHANAS, o maior arquipélago fluvial do mundo. São aproximadamente 400 ilhas, sendo que para chegar à metade da orla de uma ilha de porte médio são necessárias 6 horas viagem em canoa.
Saímos de canoa a noite para ver os crocodilos que invadem a orla do rio com seus olhinhos vermelhos. Navegamos sempre acompanhados dos botos cor de rosa, que realmente são encantadores. Fomos de uma praia fluvial a outra, quase sempre perseguidos por arraias ou cobras coral verdadeiras.
Por do sol tipico amazônico
Por do sol típico amazônico
Noite gourmet na selva: tambaqui servido na folha de bananeira
Noite gourmet na selva: tambaqui servido
na folha de bananeira
Conhecemos comunidades ribeirinhas que podem ser consideradas pobres aos nossos olhos urbanos, mas que recebem da floresta tudo que precisam para viver perfeitamente bem. Dormimos num acampamento absolutamente selvagem, com direito a jantar com tambaqui fresco servido na folha de bananeira. Nosso guia Samuel preparou, apenas com sal na medida, um jantar que faria inveja aos melhores gourmets.
8 dias amazônicos, 8 dias suficientes para relembrar que somos seres da terra e não do concreto, e que estar em contato com a própria natureza é, atualmente, o maior de todos os luxos.
TOME NOTA
Escolhi viajar com uma empresa que faz turismo sustentável , o que faz toda a diferença no roteiro. Por isso conhecemos a Amazônia como ela realmente é, através da experiência de vivenciar o cotidiano típico dos nativos. Este roteiro foi montado exclusivamente para os participantes do TEDx Amazônia. Fomos à conferencia e logo depois embarcamos. Recomendo muito a AOKA. Eles são super organizados, e por trabalharem com grupos restritos, a viagem fica como se tivesse sido montada para você.
Farofa com carne de cobra, prato tipico em lanchonetes de Manaus
Farofa com carne de cobra, prato tipico
Cuidado nas lanchonetes de Manaus. Estava devorando esta farofa, até que inventei de perguntar: "Esta carne é de quê?" e recebi a resposta: "Não tá reconhecendo não? Carne de cobra." Comecei a separar a carne...
Pirarucu no mercado de Manaus
Pirarucu no mercado de Manaus
Carla Werkhaizer é designer em Belo Horizonte e acredita que natureza e ciência são as bases para criar soluções que melhoram a vida das pessoas.

sábado, 24 de setembro de 2011

18 Curiosidades da Amazônia

1# Num único dia, o Amazonas despeja no Oceano Atlântico mais água do que toda a vazão do Rio Tâmisa, em Londres, durante um ano inteiro. Só a Bacia do Rio Negro, um dos afluentes do Amazonas, tem mais água doce do que toda a Europa.

2# O volume de terra que o Rio Amazonas joga no mar é tão grande que, graças a esses sedimentos, o litoral da Guiana Francesa e do Amapá está crescendo. Esse crescimento, ainda não medido, já aparece em imagens de satélites.

3# A Ilha de Marajó é na verdade um arquipélago. O número exato de ilhas ninguém conseguiu ainda contar, mas é de pelo menos 2.000. Ocupam uma área de 50.000 quilômetros quadrados, maior que a Suíça.

4# Ao contrário do que se poderia imaginar, os rios mais feios da Amazônia, os de água barrenta, são os mais generosos para a vida na região. Carregam sedimentos que arrancaram da Cordilheira dos Andres e de outras regiões por onde passam. Na enchente, depositam no solo esses sedimentos, adubando quilômetros nas vizinhanças do rio. Ali, as plantações nascem viçosas quando as águas baixam. Esses rios também têm mais peixes.

5# Os rios escuros, como o Negro, são muito mais bonitos, mas a água é ácida e pobre em nutrientes. Apenas 5% dos peixes vendidos em Manaus vêm do Rio Negro, que banha a cidade.

6# Tubarões e outros peixes do mar entram com certa regularidade no Amazonas. Eles não se reproduzem na água doce, mas conseguem se dar relativamente bem. Tubarões já foram pescados até em Iquitos, no Peru, uns 4000 quilômetros rio acima.

7# Das 483 espécies de mamíferos existentes no Brasil, 324 vivem na Amazônia (67%). Das 141 de morcegos, 125 voam por lá.

8# Com 30 milhões de espécies, os insetos formam o maior grupo de seres vivos na Terra, sem levar em conta bactérias e microrganismos. Na Amazônia está um terço deles.

9# Quem não gosta de répteis precisa saber: há 300 espécies desses animais na Amazônia, de cobras a lagartos.

10# O nome Amazonas foi dado pelo frei espanhol Gaspar de Carvajal, o primeiro cronista europeu a viajar pelo rio, durante a expedição de Francisco de Orellana, na primeira metade do século XVI. O frei afirmou que sua embarcação foi atacada por mulheres que, como na mitologia grega das amazonas, pretendiam escravizar os homens para procriar antes de matá-los.

11# As mais antigas evidências arqueológicas da existência humana na Amazônia são de, pelo menos, 12.000 anos atrás.

12# Os índios brasileiros, que eram 6 milhões na época do descobrimento, hoje são 300.000. Enquanto a população total do Brasil cresceu 27 vezes, a dos índios diminuiu vinte. Quando os portugueses chegaram ao Brasil, havia em torno de 1.300 línguas indígenas no país. Restaram 170.

13# Dois em cada três índios brasileiros vivem nas reservas indígenas da Amazônia. São 170.000 pessoas em um território equivalente a quase três Alemanhas. Só os 8.200 ianomâmis ocupam uma área de 94.000 quilômetros quadrados, maior que a área de Portugal. Cada índio brasileiro hoje possui em média 3,6 quilômetros quadrados, mais de duas vezes o Parque do Ibirapuera, em São Paulo. No total, é dos índios quase 12% do território nacional.

14# Há sinais de 53 grupos indígenas ainda isolados, sem contato com a civilização tecnológica, todos na região amazônica. Sujeitos a contatos casuais, os índios continuam despreparados para enfrentar as doenças dos brancos e vivem no nomadismo.

15# Krenakore, o nome dos índios gigantes da Amazônia, significa "cabeça cortada redondo", uma referência ao seu corte de cabelo em forma de meio coco. É uma designação de cunho pejorativo, dada pelos rivais kayapós. Os krenakores preferem chamar-se de panarás, a palavra para o pronome "nós".

16# Durante o ciclo da borracha (1879-1912), a Amazônia foi responsável por quase 40% das exportações brasileiras. Manaus era a capital mundial da venda de diamantes, e o seu teatro, com 681 lugares, foi construído na Europa e trazido de navio para ser montado no Brasil. Sob o calor de 40 graus, os ricaços usavam terno, gravata-borboleta e colete, imitando os ingleses. As mulheres vestiam-se com modelos parisienses.

17# Graças à borracha, nos primeiros anos deste século a Amazônia teve uma renda per capita duas vezes superior à da região produtora de café São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo. A riqueza acabou quando ingleses levaram as mudas de seringais para a Malásia, até hoje líder mundial na produção de borracha natural.

18# Até 1839, a borracha era um artigo que agradava mais aos curiosos do que aos empresários. Ela derretia no calor e tornava-se quebradiça no frio. Naquele ano, um americano chamado Charles Goodyear (daí a marca do pneu) descobriu o processo de vulcanização da borracha. Isso a tornou estável, tanto no frio quanto no calor. O comércio explodiu. Entre 1850 e o começo deste século, as exportações do produto na Amazônia aumentaram trinta vezes.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Gravuras supostamente feitas há 7.000 anos

















Gravuras supostamente feitas há 7.000 anos, em rochas localizadas nas margens do Rio Negro que estavam submersas. Amazonas, 15 de novembro de 2010.








Fonte: http://especiais.ig.com.br/zoom/estiagem-na-amazonia/

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Em busca das nascentes do Rio Amazonas

"Minha força está na solidão, não tenho medo nem de chuvas tempestivas nem de grandes ventanias soltas, pois eu também sou o escuro da noite."

Clarice Lispector



Mais uma grande aventura para descobrir as fontes de abastecimento desse imenso rio de vida, o Amazonas.

Um passeio magnífico pelas paisagens selvagens das Cordilheiras dos Andes apreciando os animais, as montanhas, o voo do Condor, um verdadeiro espetáculo.

E para terminar, a comprovação científica de que o rio Amazonas é 140 km maior que o rio Nilo.

Vale a pena conferir.

Fernando Rocha

Fotos Google:




















sexta-feira, 26 de março de 2010

A Amazônia que não e nossa!

Denunciar a quem?

Segue abaixo o relato de uma pessoa conhecida e séria, que passou recentemente em um concurso público federal e foi trabalhar em Roraima. Trata- se de um Brasil que a gente não conhece.
As duas semanas em Manaus foram interessantes para conhecer um Brasil um pouco diferente, mas chegando em Boa Vista (RR) não pude resistir a fazer um relato das coisas que tenho visto e escutado por aqui.
Conversei com algumas pessoas nesses três dias, desde engenheiros até pessoas com um mínimo de instrução.
Para começar o mais difícil de encontrar por aqui é roraimense, pra falar a verdade, acho que a proporção é de um roraimense para cada 10 pessoas é bem razoável, tem gaúcho, carioca, cearense, amazonense, piauiense, maranhense e por aí vai. Portanto falta uma identidade com a terra.
Aqui não existem muitos meios de sobrevivência, ou a pessoa é funcionária pública, e aqui quase todo mundo é, pois em Boa Vista se concentram todos os órgãos federais e estaduais de Roraima, além da prefeitura é claro.. Se não for funcionário público a pessoa trabalha no comércio local ou recebe ajuda de Programas do governo.
                  
Não existe indústria de qualquer tipo.. Pouco mais de 70% do Território roraimense é demarcado como reserva indígena, portanto restam apenas 30%, descontando- se os rios e as terras improdutivas que são muitas, para se cultivar a terra ou para a localização das próprias cidades.
(Na única rodovia que existe em direção ao Brasil (liga Boa Vista a Manaus, cerca de 800 km ) existe um trecho de aproximadamente 200 km reserva indígena Waimiri Atroari) por onde você só passa entre 6:00 da manhã e 6:00 da tarde, nas outras 12 horas a rodovia é fechada pelos índios (com autorização da FUNAI e dos americanos) para que os mesmos não sejam incomodados.
Detalhe: Você não passa se for brasileiro, o acesso é livre aos americanos, europeus e japoneses. Desses 70% de território indígena, diria que em 90% dele ninguém entra sem uma grande burocracia e autorização da FUNAI.
Detalhe: Americanos entram na hora que quiserem, se você não tem uma autorização da FUNAI mas tem dos americanos então você pode entrar. A maioria dos índios fala a língua nativa além do inglês ou francês, mas a maioria não sabe falar português. Dizem que é comum na entrada de algumas reservas encontrarem-se hasteadas bandeiras americanas ou inglesas. É comum se encontrar por aqui americano tipo nerds com cara de quem não quer nada, que veio caçar borboleta e joaninha e catalogá-las, mas no final das contas pasme, se você quiser montar um empresa para exportar plantas e frutas típicas como cupuaçu, açaí camu-camu etc., medicinais ou componentes naturais para fabricação de remédios, pode se preparar para pagar 'royalties' para empresas
japonesas e americanas que já patentearam a maioria dos produtos típicos da Amazônia...
Por três vezes repeti a seguinte frase após ouvir tais relatos: E os americanos vão acabar tomando a Amazônia e em todas elas ouvi a mesma resposta em palavras diferentes. Vou reproduzir a resposta de uma senhora simples que vendia suco e água na rodovia próximo de Mucajaí:
'Irão não minha filha, tu não sabe, mas tudo aqui já é deles, eles comandam tudo, você não entra em lugar nenhum porque eles não deixam. Quando acabar essa guerra aí eles virão pra cá, e vão fazer o que fizeram no Iraque quando determinaram uma faixa para os curdos onde iraquiano não entra, aqui vai ser a mesma coisa'.
A dona é bem informada não? O pior é que segundo a ONU o conceito de nação é um conceito de soberania e as áreas demarcadas têm o nome de nação indígena. O que pode levar os americanos a alegarem que estarão libertando os povos indígenas. Fiquei sabendo que os americanos já estão construindo uma grande base militar na Colômbia, bem próximo da fronteira com o Brasil numa parceria com o governo colombiano com o pseudo
objetivos de combater o narcotráfico. Por falar em narcotráfico, aqui é rota de distribuição, pois essa mãe chamada Brasil mantém suas fronteiras abertas e aqui tem Estrada para as Guianas e Venezuela. Nenhuma bagagem de estrangeiro é fiscalizada, principalmente se for americano, europeu ou japonês, (isso pode causar um incidente diplomático). .. Dizem que tem muito colombiano traficante virando venezuelano, pois na Venezuela é muito fácil comprar a cidadania venezuelana por cerca de 200 dólares.
Pergunto inocentemente às pessoas; porque os americanos querem tanto proteger os índios. A resposta é absolutamente a mesma, porque as terras indígenas além das riquezas animais e vegetais, da abundância de água são extremamente ricas em ouro encontram-se pepitas que chegam a ser pesadas em quilos), diamante, outras pedras preciosas, minério e nas reservas norte de Roraima e Amazonas, ricas em PETRÓLEO..
Parece que as pessoas contam essas coisas como que num grito de socorro a alguém que é do sul, como se eu pudesse dizer isso ao presidente ou a alguma autoridade do sul que vá fazer alguma coisa. É pessoal,... saio daqui com a quase certeza de que em breve o Brasil irá diminuir de tamanho.   
Será que podemos fazer alguma coisa???
Acho que sim.

Repasse esse e-mail para que um maior número de brasileiros fique sabendo desses absurdos.
Mara Silvia Alexandre Costa Depto de Biologia Cel. Mol. Bioag.Patog. FMRP - USP

sexta-feira, 12 de março de 2010

Jambo

 jambo  Jambo  Fruta Abastecida de Nutrientes
O seu gosto é adocicado e suavemente ácido e o aroma é parecido ao de rosas. O jambo é composto por vitamina C, antioxidantes que atuam diretamente na prevenção do envelhecimento precoce, flavonóides e taninos. Todos esses ingredientes neutralizam a ação dos temidos radicais livres, e contribuem para a formação do colágeno e também contra tumores. Vale a pena usar e abusar dessa fruta originária da Índia!
 
 
 
Nota: Para outros significados de Jambo, ver Jambo (desambiguação).
Como ler uma caixa 
taxonómicaJambo
Frutos 
maduros de jambo-branco.
Frutos maduros de jambo-branco.
Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Myrtales
Família: Myrtaceae
Género: Syzygium
Espécie: ver texto
O jambo é o fruto do jambeiro das espécies do gênero Syzygium (também designado pelo termo jambo – sinônimo botânico) da família Myrtaceae, que inclui também a goiaba, a pitanga, o jamelão, a jabuticaba, a pitomba e o eucalipto. São frutos piriformes (em forma de pêra), com casca lisa e cerosa, rosada, esbranquiçada ou vermelha, polpa consistente e branca, e uma ou mais sementes de formato esférico no seu interior.
Há três espécies principais de Syzygium cujos frutos são conhecidos como jambo, todas nativas do continente asiático:
  • S. malaccense: Jambo-vermelho, com frutos vermelhos, adocicados e levemente ácidos;
  • S. jambos: Jambo-branco, com frutos esbranquiçados, de sabor fraco;
  • S. jambolana: Jambo-rosa, com frutos rosados, sabor semelhante ao jambo-vermelho. Também cultivado como árvore ornamental, pela profusão de flores com longos estames rosados.
Em algumas regiões, o jamelão, fruto pequeno e negro da Syzygium cumini, é conhecido em certos lugares como "jambo", ou "jambolão".

O jambo é uma boa fonte de ferro, proteínas e outros minerais. Os frutos apresentam 28,2% de umidade, 0,7% de proteína, 19,7% de carboidratos, contendo entre eles vitaminas como A (beta caroteno), B1 (tiamina), B2 (riboflavina), minerais como, ferro e fósforo. Em 100g de polpa, tem 50 calorias.


JAMBO - VERMELHO
Nome Científico: Syzygium malaccense (L.) Merr & Perry
Família: Myrtaceae

Origem e dispersão: o jambeiro-vermelho é originário da malásia de onde dispersou-se para as regiões tropicais da África e América. No Brasil é encontrado nos estados da região Norte, Nordeste e nas regiões quentes do Sudeste.

Características: a árvore alcança 12 a 15 m de altura, apresenta copa densa de formato cônico-alongado.

Clima e Solo: o jamboeiro desenvolve-se bem em regiões de clima tropical e subtropical, e em solos profundos e drenados.

Propagação: o jambeiro pode ser propagado por semente, estaquia e alporquia.

Variedades: são citadas variedades com e sem sementes.

Utilização: a polpa representa 84% do fruto que apresenta ºBrix 6,8% e acidez 0,4% no final de maturação. É consumido ao natural ou em forma de doces ou compotas.

Informações mais completas podem ser encontradas no Livro Frutas Exóticas (Funep, FCAV/Unesp).
Data Edição: 17/03/06   
Fonte: Livro de Frutas Exóticas



JAMBO - ROSA
 


Nome Científico: Syzygium jambos (L.) Alston (Eugenia jambos).

Família: Mytaceae

Origem e dispersão: o jambeiro-rosa é originário da região Indomalaia, de onde foi introduzido nas regiões tropicais americanas e africanas. No Brasil é encontrado em diversos estados, mas não é cultivado comercialmente.

Características: é uma árvore que alcança até 20 m de altura, possui copa densa com formato cônico, folhas opostas, pecioladas, elípticas, grande e glabras. As flores apresentam 4 pétalas brancas de 1,5 cm de comprimento. Os estames brancos, em número de 300, ocupam o centro da flor e entre eles destaca-se o pistolo fino de cor verde. O fruto é uma drupa oval, com 3 a 5 cm de diâmetro amarelo-rosa ou róseo-branca ou arroxeada, muito aromático, polpa branca, esponjosa e de sabor suave. No centro há uma cavidade com 1 semente, formada por vários embriões carnosos, que se separam facilmente.

Clima e Solo: é encontrado em locais de clima quente e úmido, com boa distribuição de chuvas e diversos tipos de solos, sem problemas de drenagem.

Propagação: o jambeiro-rosa é propagado por sementes ou alporquia.

Utilização: é consumido ao natural, porém, na Índia, é utilizado para fazer aguardente e compota.

Informações mais completas podem ser encontradas no Livro Frutas Exóticas (Funep, FCAV/Unesp)
Data Edição: 17/03/06   
Fonte: Livro de Frutas Exóticas
 

Pupunha

http://blog.tudosobreplantas.com.br/up/t/tu/blog.tudosobreplantas.com.br/img/.resized_IMG_8368.jpg
Pupunha (Bactris gasipaes, Kunth) é o fruto da pupunheira, uma planta de porte magnífico da família Arecaceae (antiga Palmae), a qual pode crescer até 20 m e também é originária das florestas tropicais do continente americano. É muito conhecida e consumida pelas populações nativas da América Central até a Floresta Amazônica, sendo há séculos utilizada na sua alimentação.
Os frutos são freqüentemente consumidos depois de cozidos em água e sal ou na forma de farinha ou óleo comestíveis. Contudo eles também podem ser matéria prima para a fabricação de compotas e geléias.
Detalhe do fruto da Pupunha.
Existe uma grande variedade de aves, que se alimentam da pupunheira silvestre, principalmente as araras, os papagaios e os periquitos (Psittacidae), os quais ocasionalmente podem ser espécies endêmicas com risco de extinção.
No Brasil, essa planta é uma solução viável para a industria palmiteira porque apresenta características agronômicas adequadas para a substituição com vantagens de outras palmeiras nativas como o açaí (Euterpe oleraceae) e a juçara (Euterpe edulis), que são exploradas de forma extrativista e predatória e por isso apresentam restrições legais e risco de extinção. O mercado interno brasileiro de palmito é cerca de cinco vezes maior do que o externo, que apresenta uma demanda crescente desse produto cada vez mais utilizado na culinária internacional. O cultivo da pupunha é economicamente importante também para a Costa Rica.
Composição por 100 g de polpa (mesocarpo):

Índice

[esconder]

[editar] Pragas e doenças

Pragas: Ácaro (Tetranychus mexicanus), formiga saúva (Atta spp.), broca-do-olho-do-coqueiro (Rhychophorus palmarum), broca-das-raízes (Strategus aloeus).
Doenças: Antracnose (Colletotrichum gloeosporioides), helmintosporiose (Helminthosporium sp.), podridão-do-broto (Phytophora sp.), mancha-parda (Mycospharella sp.), podridão-branca (Monilia sp.).

[editar] Vantagens comerciais

A pupunheira apresenta uma série de vantagens para produção de palmito em relação às outras palmeiras nativas como o açaí (Euterpe oleraceae Mart.) e a juçara (Euterpe edulis Mart.), que são exploradas de forma extrativista e por isso apresentam restrições legais e risco de extinção. As principais vantagens para a exploração comercial de palmito da pupunheira são:
  1. precocidade, com o primeiro corte a partir de 18 a 24 meses após plantio;
  2. perfilhamento da planta mãe, chegando a mais de 15 perfilhos, o que permite repetir os cortes nos anos subseqüentes, sem necessidade de replantio da área;
  3. qualidade do palmito, geralmente o palmito tem comprimento de 40 cm e diâmetro entre 1,5 - 4 cm, sendo muito macio e saboroso;
  4. lucratividade, quando plantado e conduzido adequadamente, um hectare produz de 5.000 a 12.000 palmitos por ano;
  5. segurança para o produtor, pois o palmito pode ser deixado no pé ou quando cortado pode ser processado, envasado e guardado para ser comercializado quando o mercado se encontrar mais propício;
  6. facilidade nos tratos culturais e corte, uma vez que plantas selecionadas não apresentam espinhos;
  7. vantagens ecológicas, podendo a cultura ser conduzida a pleno sol, em áreas agrícolas tradicionais, sem nenhum dano às matas nativas, fato este de grande apelo comercial, principalmente para a exploração do palmito visando o mercado externo.
Além disto, os frutos da pupunheira também podem ser aproveitados para a preparação de sucos, sorvetes e consumidos cozidos em água e sal, tendo sabor semelhante ao milho verde. O palmito de pupunheira, tem sabor agradável, macio, nutritivo e baixo teor calórico. Além disso, é rico em fibras e minerais, como potássio, cálcio e fósforo, vitaminas e aminoácidos importantes, podendo fazer parte das dietas com restrições calóricas, podendo ser consumido ao natural, cozido em água com sal e limão, assado ao forno ou em churrasqueiras e, mais tradicionalmente, na forma de conserva.

[editar] Design Sustentável

A pupunha também é aproveitada na confecção do Compensado de Pupunha, utilizado na produção de objetos de design e decoração. Trata-se de um compensado obtido a partir de ripas do estipe da palmeira, prensadas horizontalmente com adesivo de base vegetal. A parte aproveitável do estipe da pupunha para a confecção do compensado é a região periférica, considerada como material lenhoso de alta densidade e rigidez, alcançando um acabamento final de altíssima qualidade devido a sua superfície lisa, proporcionada pela sua textura fina.
Como já foi dito, a pupunha é uma palmeira amplamente utilizada na produção do palmito sustentável. Tal produção exige uma demanda contínua de sementes e mudas, originárias de matrizais – grandes áreas de cultivo de palmeiras adultas. Quando atingem maior idade, devido às grandes alturas e à diminuição da produção, que geram aumento dos custos, os produtores são forçados a manejar a touceira para dar lugar ao estipe em frutificação. Esse processo gera como subproduto um volume elevado de estipes, que são abandonados no local. Tal processo gera diversos problemas fitossanitários, como proliferação de doenças e fungos no pupunhal. É justo destes estipes que é fabricado este material, desenvolvido pela Fibra Design Sustentável, através de sua parceria com a ESDI-UERJ (Escola Superior de Desenho Industrial - Universidade do Estado do Rio de Janeiro).
Este novo material recebeu, em 2005, um dos mais importantes prêmios de design do mundo – o iF Awards - na categoria de novos materiais. O compensado foi consagrado com o prêmio máximo: o troféu Gold. Além de ter sido o único representante da América Latina entre os premiados de sua categoria, foi a primeira vez, em mais de 51 anos de existência do prêmio, que uma instituição de ensino recebeu tal premiação.
O trabalho foi consagrado com este prêmio por representar uma excelente alternativa (não-madeireira) ao desmatamento das florestas nativas para obtenção de madeira. Ao criar um novo processo produtivo em torno da Pupunha, o material agrega valor a um resíduo da agroindústria e permite a ampliação do ciclo de vida da espécie. Com isso apresenta uma nova alternativa de renda para os pequenos produtores rurais, e estimula a produção do palmito de Pupunha ono Brasil, ajudando a preservar outras espécies nativas de palmeiras, que vêm sofrendo com anos de exploração predatória.

[editar] Referências

  • ABRIL, Editora. Pupunha. Guia Rural Plantar: 296 culturas de A a Z. p.119-120.
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  • GALLI, Ferdinando; CARVALHO, Paulo de Campos de; TOKESHI, Hasine; BALMER, Eric; KIMATI, Hiroshi; CARDOSO, Caio Octávio Nogueira; SALGADO, Clélio Lima; KRÜGNER, Tasso Leo; CARDOSO, Elke Jurandy Bran Nogueira; BERGAMIN FILHO (1980). Manual de Fitopatologia: Volume II - Doenças das Plantas Cultivadas (2 ed). São Paulo: Editora Agronômica "Ceres".
  • GALLO, Domingos; NAKANO, Octavio; SILVEIRA NETO, Sinval; CARVALHO, Ricardo Pereira Lima; BATISTA, Gilberto Casadei de; BERTI FILHO, Evoneo; PARRA, José Roberto Postali; ZUCCHI, Roberto Antônio; ALVES, Sérgio Batista; VENDRAMIM, José Djair (1998). Manual de Entomologia Agrícola (2 ed.). São Paulo: Editora Agronômica "Ceres".
  • LORENZI, Harri; SOUZA, Hermes Moreira de; MEDEIROS-COSTA, Judas Tadeu de; CERQUEIRA, Luiz Sérgio Coelho de; BEHR, Nikolaus von (1996). Palmeiras do Brasil: nativas e exóticas. Nova Odessa: Editora Plantarum. p. 55.
  • SANTOS, João Felinto; FERNANDES, Francisco Gomes; SOUZA, Lázaro Costa de, BERLARMINO FILHO, José; ARANHA, Waldemar da Silva (2005) Cultivo da Pupunha (Bactris gasipaes HBK) para Produção de Palmito Salvo em 25 de março de 2005.

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